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Payback após a LEI 14.300

Payback após a LEI 14.300

 

Com as recentes mudanças na legislação do setor fotovoltaico, dúvidas como retorno de investimento e viabilidade de projetos têm surgido com frequência. Dessa forma, é cada vez mais importante saber como realizar o cálculo correto do payback, que é o indicador de tempo para o retorno do investimento que será feito na aquisição do sistema de energia solar.

 

Algumas informações necessárias para o cálculo do payback são: 

  • O tipo de ligação, sendo monofásica bifásica ou trifásica;
  • A simultaneidade, que é a energia consumida de forma imediata no momento da geração, logo ela não será injetada na rede;
  • O valor do fio B de acordo com a concessionária;
  • A tarifa de energia de acordo com a concessionária;
  • O custo referente à iluminação pública;
  • A taxa de reajuste anual da tarifa de energia referente a essa concessionária

É necessário entender também como será a forma de cobrança para os clientes em baixa tensão. Com a Resolução Normativa Nº 1.059, foi definido um valor mínimo a ser pago na conta de energia.

Esse valor mínimo terá como referência a Taxa de disponibilidade de acordo com o tipo de ligação (Monofásica, Bifásica ou Trifásica) no local da instalação desse sistema.

 

Exemplo 1: 

Um sistema Bifásico custou R$ 18mil.  Esse cliente consome em média 500kWh mensalmente e possui um fator de simultaneidade de 10%, logo, esse cliente injetou na rede somente 450kWh. Supondo que o valor do kWh seja igual a R$ 0,80 e que o valor do Fio B seja igual a R$ 0,17.  No ano de 2023, pagando somente 15% do Fio B, que será equivalente a R$ 0,02, a conta desse cliente ficaria dessa forma: (500 x 0,8) – [450 x (0,8 -0,02) =>  400 – 351 = 49 reais.

         
Logo, no ano de 2023, esse cliente pagaria R$ 49,00 (Fora os impostos e a Cont. Ilum. Pub.). Caso esse mesmo cliente não tivesse um sistema fotovoltaico, ele pagaria o equivalente ao consumo dele que foi igual à R$ 400,00.  No ano de 2023 esse cliente economizaria R$ 4.212.  No ano de 2024 esse mesmo cliente economizaria R$ 4.482,00 No ano de 2025 ele economizaria R$ 4.698,00 No ano de 2026 esse cliente economizaria R$ 4.914,00. Somando assim R$ 18.306, sendo o Payback desse cliente de aproximadamente 4 anos.

Exemplo 2: Se esse mesmo sistema fosse trifásico com um investimento de R$ 18mil. No ano de 2023, pagando 15% do fio B, a fatura desse cliente ficaria dessa forma: (500 x 0,8) – [450 x (0,8 -0,02)] =>  400 – 351 = 49 reais. Porém, os sistemas trifásicos possuem uma taxa mínima de 100kWh, nesse caso R$ 80,00.

De acordo com a REN Nº 1059, esse cliente precisaria pagar no mínimo R$ 80,00 na conta de energia, logo no ano de 2023 a fatura desse cliente ficaria em R$ 80,00 (Fora os impostos e a Cont. Ilum. Pub.). No ano de 2023 esse cliente economizaria R$ 4.110. No ano de 2024 esse mesmo cliente economizaria R$ 4.320,00.No ano de 2025 ele economizaria R$ 4.698,00. No ano de 2026 esse cliente economizaria R$ 4.914,00. Somando assim R$ 18.042, sendo o Payback desse cliente de aproximadamente 4 anos.

De acordo com os exemplos dados, fica claro a importância do cálculo do payback para maior previsibilidade e controle das instalações, sendo possível mostrar ao cliente que a aquisição de um sistema de energia solar ainda é viável.

Este texto foi escrito por Anna Rezende, do Suporte Técnico da WIN.

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