Com investimentos de R$ 1 milhão, a Win inaugurou nesta semana sua nova sede no Rio de Janeiro, em Nova Iguaçu, que passa a ser também uma vitrine dos principais equipamentos que a companhia distribui. O novo escritório é consequência do crescimento recente da companhia, que foi criada em 2019, distribuiu o equivalente a 100 MW em equipamentos fotovoltaicos em 2021 e projeta vendas de 300 MW para este ano.
«A gente precisou se mudar porque a Win cresceu e nos tornamos fisicamente separados do All Nations, grupo (de distribuição de produtos e soluções tecnológicas) do qual fazemos parte. Resolvemos fazer uma reforma e não uma construção do zero, para trazer esse conceito de reutilizar, não descartar. Fizemos os investimentos para que seja sustentável, usamos os equipamentos que a gente vende. Tudo que podíamos usar de espaço para instalar os painéis usamos», diz a diretora comercial da Win, Camila Nascimento.
CASA ABERTA À VISITAÇÃO
Na nova sede, a distribuidora instalou um sistema de geração fotovoltaica de 26 kW com 49 módulos bifaciais fornecidos pela JA Solar, sua principal parceira fabricante de módulos. Parte do sistema está instalado sobre uma estrutura de carport fornecida pela fabricante de estruturas Romagnole e recém adicionada ao catálogo da Win. O sistema conta ainda com um inversor residencial da Solis e um hibridizador da marca que será testado pela distribuidora e estará pronto para acoplar um sistema de armazenamento em baterias na sede. «Esse é um investimento que vamos fazer na segunda parte de ampliação do nosso gerador. Vamos fazer até como incentivo do uso de baterias. Estamos ainda estudando a melhor parceria», conta a diretora.
A sede conta ainda com um sistema de recarregamento de veículos elétricos que estará disponível para uso do público.
«A gente também tem muita luminosidade natural, quebramos paredes, só usamos persianas nas janelas em que bate sol direto. Fizemos um projeto de eficiência energética na casa inteira, calculando o BTU necessário de ar-condicionado, posicionamento adequado, luminosidade necessária, tudo para a gente usar menos energia elétrica possível», diz Camila Nascimento.
A empresa também instalou um sistema de coleta de chuva em 3 caixas de mil litros para reutilização da água na limpeza e na irrigação do sobrado, localizado em área nobre de Nova Iguaçu. Além disso, há um posto de descarte de resíduos eletrônicos para a população.
Com a casa, a empresa pretende disseminar conhecimento sobre a energia solar e despertar curiosidade. «A energia solar é muito contagiante. Minha mãe instalou um sistema na casa dela e agora já são quatro na rua. A gente quer que as pessoas vejam. É algo que deve ser disseminado e queremos que as escolas venham, tragam os alunos para que conheçam. Um benefício que a gente está trazendo para a cidade», comenta Camila.
Além de aberta à população em geral, a sede receberá turmas de integradores e instaladores para capacitações sobre os equipamentos distribuídos. Os integradores de sistemas também poderão levar potenciais clientes para ver de perto um sistema em funcionamento.
PRINCIPAIS PARCEIROS
A WIN tem em seu portfólio inversores da Fronius, Solis, Solar Edge e Hoymiles, módulos da JA Solar, string box da Clamper, estruturas das Solar Group e da Romagnole. A ideia, de acordo com a diretora do Win, é trabalhar com fabricantes que atendam diferentes demandas. «A gente segmenta bem, para não gerar conflito. Gostamos de ser leais com os fabricantes, o máximo possível», diz.
SAINDO DA CAPITAL
O movimento da Win, saindo de uma capital para uma cidade relativamente menor, reflete uma realidade do setor solar: a descentralização. O escritório saiu da capital, com uma população de 6,7 milhões, e se torna uma casa sustentável que na região da Baixada Fluminense, no município com 823 mil habitantes.
«Em um momento em que muitos vão pra capital, fazemos o movimento contrário. Por que não uma empresa desse porte, que está crescendo, vir para uma cidade que está se desenvolvendo e dar oportunidades para talentos que muitas vezes precisam se deslocar para a capital? Aqui foi um lugar perfeito onde conseguimos alugar uma casa para realizar o conceito de ter uma sede sustentável. No Rio ou teríamos que ir para um lugar muito caro, ou seria perigoso. Aqui conseguimos fazer a casa sustentável com um custo benefício muito bom e ao mesmo tempo em uma cidade que está em êxtase com a nossa vinda. Aqui é um acontecimento e na capital, talvez, seríamos apenas mais uma empresa», diz Camila.
O secretário de desenvolvimento econômico de Nova Iguaçu, Mario Lopes, participou da inauguração da nova sede da Win e destacou também a presença na cidade de laboratórios do CEPEL, instituto de pesquisa vinculado à Eletrobras.
Nova Iguaçu tem atualmente 953 unidades de geração distribuída que somam 8,878 MW, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Já a capital soma 10.461 unidades com 95,533 MW. O potencial de crescimento no estado, em geral, é enorme. São 50.526 unidades consumidoras com geração solar distribuída em território fluminense, de um universo de 7,184 milhões de consumidores cativos no estado, de acordo com o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2021 da EPE.
Apesar de atender todo o Brasil, a distribuidora concentra atualmente mais de 50% de suas vendas na região Sudeste.
A jornalista participou do evento de inauguração a convite da Win.